Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios" (Salmo 141.3) Há um Midrash (parte da Torá Oral) famoso que conta a história de um vendedor ambulante que entrou em uma cidade e começou a anunciar "Quem quer vida longa? Quem quer vida longa?". Havia nesta cidade um rabino chamado Rav Yanai, que se interessou pelo anúncio e, achando que o homem oferecia algum elixir milagroso que alongava a vida, perguntou o que ele estava vendendo. O vendedor ambulante imediatamente retirou do bolso um livro de (Salmos) e leu para o seguinte versículo: "Quem é o homem que deseja vida?... Guarda sua língua do mal e seus lábios da enganação" ( Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano. Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a. Salmos 34:13,14). O Rabino ficou encantado com o vendedor ambulante e comentou que nunca havia entendido a interpretação do versículo até aquele momento. Mas deste ensino fica uma grande dúvida. O Rabino era um grande estudioso de Torá, então o que um simples vendedor ambulante conseguiu ensinar para ele? Será que há, nestes versículos aparentemente simples, algum entendimento mais profundo? Explicam os nossos sábios que o Rav Yanai pensou, durante toda sua vida, que a única forma de não falar Lashon Hará era fazendo voto de silêncio, isto é, falando apenas o mínimo necessário. O ideal seria, portanto, se tornar um eremita e viver isolado em uma caverna. Mas o vendedor ambulante veio lhe ensinar uma importante lição de vida. A palavra "fofoca", em hebraico, é "Rechilut", que vem da mesma raiz de "Rochel", que significa "vendedor ambulante". Qual a conexão entre o vendedor ambulante e a fofoca? Como o vendedor ambulante era uma pessoa que ia de casa em casa oferecer seus produtos, era comum que ele conhecesse a intimidade de todas as pessoas da cidade. Era muito frequente que o vendedor ambulante levasse, junto com seus produtos, informações de uma casa para outra, causando com que muitos detalhes íntimos das pessoas fossem revelados através desta fofoca. Quando o Rav Yanai viu que até mesmo um vendedor ambulante, pessoa que passa o dia inteiro falando e conversando com as pessoas, estava lendo no livro de Tehilim os versículos sobre guardar a boca e evitar o Lashon Hará, ele entendeu que é possível uma pessoa ser socialmente ativo e, ao mesmo tempo, cuidar de sua boca. Tudo depende do autocontrole e do constante estudo para conhecer as leis da fala permitida e proibida. O perigo das palavras ao vento, elas são levadas para bem longe, palavras que parecem não ter importância e compromisso, palavras que uma vez ditas, não sofrerão uma posterior consulta...porem estas palavras podem causar danos, assim precisamos pensar antes de falar. Davi pediu ajuda a Deus para que lhe ajudasse a controlar as palavras que saiam de sua boca. (Salmos 39.1 Eu disse: Guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua; guardarei a boca com um freio, enquanto o ímpio estiver diante de mim.) Não podemos nos esquecer que a morte e a vida estão no poder da língua, e aquele que bem utiliza este pequeno membro comera do seu fruto. ( A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto. Provérbios 18:21 ) eis aqui duas alternativas radicais vida-morte a bíblia diz qual efeito causamos nos outros. Deus fez este pequeno membro para adora-lo e glorifica-lo, e com nossos lábios a responsabilidade de confessarmos como nosso único salvador. E dizer : sim deus eu te aceito. “Há três coisas que nunca voltam atrás: a PALAVRA PROFERIDA, a flecha desferida e a oportunidade perdida”. Cuide com aquilo que você profere, porque depois de falar dificilmente conseguirá pegar de volta. Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS
quinta-feira, julho 12, 2018
LASHON HARÁ. O pecado da fofoca.
Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios" (Salmo 141.3) Há um Midrash (parte da Torá Oral) famoso que conta a história de um vendedor ambulante que entrou em uma cidade e começou a anunciar "Quem quer vida longa? Quem quer vida longa?". Havia nesta cidade um rabino chamado Rav Yanai, que se interessou pelo anúncio e, achando que o homem oferecia algum elixir milagroso que alongava a vida, perguntou o que ele estava vendendo. O vendedor ambulante imediatamente retirou do bolso um livro de (Salmos) e leu para o seguinte versículo: "Quem é o homem que deseja vida?... Guarda sua língua do mal e seus lábios da enganação" ( Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano. Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a. Salmos 34:13,14). O Rabino ficou encantado com o vendedor ambulante e comentou que nunca havia entendido a interpretação do versículo até aquele momento. Mas deste ensino fica uma grande dúvida. O Rabino era um grande estudioso de Torá, então o que um simples vendedor ambulante conseguiu ensinar para ele? Será que há, nestes versículos aparentemente simples, algum entendimento mais profundo? Explicam os nossos sábios que o Rav Yanai pensou, durante toda sua vida, que a única forma de não falar Lashon Hará era fazendo voto de silêncio, isto é, falando apenas o mínimo necessário. O ideal seria, portanto, se tornar um eremita e viver isolado em uma caverna. Mas o vendedor ambulante veio lhe ensinar uma importante lição de vida. A palavra "fofoca", em hebraico, é "Rechilut", que vem da mesma raiz de "Rochel", que significa "vendedor ambulante". Qual a conexão entre o vendedor ambulante e a fofoca? Como o vendedor ambulante era uma pessoa que ia de casa em casa oferecer seus produtos, era comum que ele conhecesse a intimidade de todas as pessoas da cidade. Era muito frequente que o vendedor ambulante levasse, junto com seus produtos, informações de uma casa para outra, causando com que muitos detalhes íntimos das pessoas fossem revelados através desta fofoca. Quando o Rav Yanai viu que até mesmo um vendedor ambulante, pessoa que passa o dia inteiro falando e conversando com as pessoas, estava lendo no livro de Tehilim os versículos sobre guardar a boca e evitar o Lashon Hará, ele entendeu que é possível uma pessoa ser socialmente ativo e, ao mesmo tempo, cuidar de sua boca. Tudo depende do autocontrole e do constante estudo para conhecer as leis da fala permitida e proibida. O perigo das palavras ao vento, elas são levadas para bem longe, palavras que parecem não ter importância e compromisso, palavras que uma vez ditas, não sofrerão uma posterior consulta...porem estas palavras podem causar danos, assim precisamos pensar antes de falar. Davi pediu ajuda a Deus para que lhe ajudasse a controlar as palavras que saiam de sua boca. (Salmos 39.1 Eu disse: Guardarei os meus caminhos para não pecar com a minha língua; guardarei a boca com um freio, enquanto o ímpio estiver diante de mim.) Não podemos nos esquecer que a morte e a vida estão no poder da língua, e aquele que bem utiliza este pequeno membro comera do seu fruto. ( A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto. Provérbios 18:21 ) eis aqui duas alternativas radicais vida-morte a bíblia diz qual efeito causamos nos outros. Deus fez este pequeno membro para adora-lo e glorifica-lo, e com nossos lábios a responsabilidade de confessarmos como nosso único salvador. E dizer : sim deus eu te aceito. “Há três coisas que nunca voltam atrás: a PALAVRA PROFERIDA, a flecha desferida e a oportunidade perdida”. Cuide com aquilo que você profere, porque depois de falar dificilmente conseguirá pegar de volta. Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS
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