O ambiente era tenso. Após algumas conversas, eu e certo irmão nos encontrávamos novamente. Eu tinha a pesada tarefa de tentar mostrar-lhe porque achava que o caminho que ele havia escolhido era um caminho que desagradava a Deus. Ele, insistente, queria que eu compreendesse suas escolhas, e, talvez mais que isso, que eu apoiasse suas escolhas. Após abrirmos mais uma vez a Bíblia para apontar o que, para mim, é claro, chegamos a um impasse. Como última alternativa, virei minha Bíblia para ele, que estava do outro lado da mesa, e, apontando para um versículo, disse: “Meu irmão, se você consegue explicar sua escolha diante deste versículo, eu passo a concordar com você”. Eu não estava brincando. Na verdade, eu queria muito encontrar um espaço para não continuar naquela tensão. Eu queria muito não ser o op
ositor, o “estraga prazeres”. Houve momentos antes deste encontro que até mesmo orei para que Deus passasse de mim este cálice. Este homem não era um herege, teoricamente não negava a autoridade bíblica, era membro da igreja, havia participado desta comunidade por muitos anos e era tido como um cristão sincero. Após ler mais uma vez o versículo, meu irmão pensou e respondeu: “O meu Jesus, a quem eu sigo e tenho amado todos estes anos, não diria isso aqui!”. E ele disse isso sabendo muito bem que o texto que eu apontava era um texto bíblico que confrontava diretamente o caminho que ele havia decidido seguir. Neste momento eu me dei conta que nós não seguíamos o mesmo Jesus. Em João 17.17, Jesus afirma: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. Assim, Jesus afirma que a Bíblia é a verdade. Essa é a visão que o próprio Cristo tinha da Palavra. Como pode então alguém afirmar que crê em Cristo, mas não na Palavra? É necessário perguntar em que “Cristo” esta pessoa crê? Quem afirma crer num Jesus que difere da revelação bíblica certamente, ou cria um Jesus que se adequa às suas perspectivas (homem criando deus...), ou afirma ter alguma outra revelação superior à própria Bíblia. Paulo já enfrentou durante seu ministério pessoas que pregavam um outro evangelho. Reagindo com força a estes, ele escreve em Gálatas 1.6-9: Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo. Em resumo, não podemos nos deixar levar pela tentação de produzir em nossas mentes um “Cristo” mais adequado, mais agradável, mais de acordo com nossas preferências, pelo simples fato de que este não será Jesus Cristo, Senhor e Salvador, mas apenas um ideal que anestesia nossas ansiedades. O próprio Paulo nos alerta contra isso em 1Coríntios 3.11: “Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo”. Com isso eu preciso lhe perguntar: qual é o “seu” Cristo? Ele é o autor e consumador da tua fé (Hebreus 12.2)? Ele é o Cordeiro de Deus (João 1.29), a Luz do Mundo (João 8.12), o Bom Pastor (João 10.11), a Ressurreição e a Vida (João 11.25) e o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6)? Não siga um salvador feito sob encomenda para seus interesses, siga aquele que sustenta todas as coisas por sua palavra poderosa (Hebreus 1.3). Minha oração é que você e eu possamos conhecer e continuar conhecendo o Jesus da Bíblia, o único que pode nos salvar(https://www.chamada ) Pr. Claudio Grabowski. Alvorada.RS
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