quinta-feira, maio 30, 2019

A APOSTASIA ATIVA E A APOSTASIA PASSIVA. 4ª Parte




 A negligência   a) Uma batalha diária.  A batalha contra as debilidades humanas é diária, pois a fraqueza dos crentes em sua natureza humana em relação ao pecado se deve à extrema violência e força da carne. Portanto, lutar contra a carne, e não aceitarmos a derrota espiritual mesmo diante de nossas debilidades, exige disposição para o combate diário contra a nossa carne e, também, disposição para termos problemas com a carne dos demais crentes se quisermos assumir a responsabilidade de zelar também pela igreja como coletividade. b) A consequência da batalha diária. Por isso, a tendência é, mesmo que continuemos reconhecendo o pecado como pecado, deixar de combatê-lo com a intensidade com que deve ser combatido. Quando somos atingidos pela negligência, somos levados a pensar que não vale a pena se incomodar com os demais. “Cada um por si e Deus por todos” passa a ser o ditado preferido do crente, do obreiro e da Igreja negligente. c) O exemplo da Igreja de Tiatira Esse era o estado da Igreja de Tiatira, que, embora não tivesse apostatado, mas mantivesse uma fé irrepreensível, estava tolerando os que praticavam o mal, conforme se vê em Ap 2.19-20: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” Quando a igreja chega nesse estado, Jesus aponta duas soluções: a restauração da disciplina rígida, tal qual foi nos dias de Ananias e Safira, e uma tomada de posição da Igreja no sentido de se firmarem na doutrina (Ap 2.24,25). Devemos estar vigilantes contra a negligência e a tolerância ao erro na igreja. Cada crente deve assumir o compromisso estabelecido por Jesus de “ganhar seu irmão” ao vê-lo errar, ou se ele não aceitar a exortação, em amor conduzi-lo à disciplina e mesmo à exclusão (Mt 18.15-17).  d) O exemplo da Igreja de Corinto: negligência disfarçada de amor Porém, se não houver vigilância, a soberba humana leva a igreja negligente e tolerante até a se gloriar da tolerância travestida de amor. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a igreja em Corinto, conforme 1 Co 5.2-7: “E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]. Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. ” e) Atitudes a serem tomadas. Quando constatamos indícios dessa tolerância ao pecador, temos que reagir para que essa atitude não se transforme em tolerância ao pecado. A igreja, nessa fase, embora esteja em perigo, não está perdida, pois o pecado ainda é considerado pecado, ainda a palavra pode ser pregada em sua plenitude, e o pecador ainda pode ser tratado como pecador. Basta uma atitude, e as coisas voltam para os trilhos da retidão. Porém, se a igreja não toma atitudes, se estará caminhando, pouco a pouco para o caminho sem volta da apostasia. Continue lendo esta matéria em nosso Portal http://www.restauramundo.com/mensagens Cláudio Grabowsky. Área de Parobé. rs

sexta-feira, maio 24, 2019

A APOSTASIA ATIVA E A APOSTASIA PASSIVA. 3ª Parte.



Debilidade, negligência e apostasia
Jesus Cristo convoca os salvos a serem perfeitos.  Mt 5.48: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. ” Ora, na busca da perfeição encontramos três obstáculos: a debilidade humana, a negligência e a apostasia. Em toda e qualquer igreja ou denominação encontraremos pelo menos um desses três fatores. Debilidade humana.  A debilidade ou fraqueza humana será encontrada em todas as igrejas, pois é inerente à natureza humana.  a) A existência de debilidades humanas não impede do crente ou da Igreja serem “perfeitos” Por melhor que seja uma igreja, sempre encontraremos no seu seio pessoas cometendo coisas erradas que não deveriam fazer ou deixando de fazer o bem que deveriam cumprir. Contudo, há igrejas em que, mesmo havendo a falha, tanto as pessoas que fazem o mal quanto aquelas que estão no seu entorno não concordam com o mal. Tal igreja e seus membros demonstram a fraqueza humana que lhes é inerente, mas ao mesmo tempo manifestam uma profunda repulsa às manifestações carnais da mesma natureza. O apóstolo Paulo fala sobre esse terrível dilema do crente fiel. Rm 7.15-16: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. ” Ou seja, nesse caso, o crente faz o que na sua mente detesta, e deixa de fazer o que na sua mente prefere. E entre a carne e a palavra de Deus, ele está de acordo com a palavra de Deus. Sobre o tema, continua o apóstolo Paulo falando, em Rm 7.17-18: “Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.” Assim, numa igreja em que, embora praticado por força da fraqueza humana, o pecado é detestado, duas atitudes são encontradas. A primeira atitude, individual, é encontrada no crente que sofre com a fraqueza: ele luta contra ela, conforme 1Co 9.25-27: “Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. ” A segunda atitude, coletiva, é a disciplina ao faltoso, que inclui tanto a exortação quanto outras ações mais drásticas que impeçam o faltoso de participar indignamente da Santa Ceia e de que os demais crentes venham a tropeçar, cometendo o mesmo erro (Hb 3.13; 1 Co 5.3-7, etc). Quando uma igreja e seus membros agem assim, ainda que tenha suas debilidades, ela é perfeita perante Deus, porque, conforme Hb 10.14, Cristo, por seu sangue, “com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. ” Aleluia. Ou seja, ainda que não tenhamos alcançado a perfeição, se estivermos num processo progressivo de santificação (“sendo santificados”), seremos uma igreja perfeita. Em outras palavras, seremos perfeitos se hoje estivermos mais separados do mundo e da carne do que estávamos ontem, e se amanhã estivermos mais santos do que estamos hoje. O apóstolo Paulo destaca esse fenômeno em Fp 3.12-15: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá. ” Créditos acesse o portal www.restauramundo.com  Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS

sábado, maio 11, 2019

A APOSTASIA ATIVA E A APOSTASIA PASSIVA. 2ª Parte


               
A consequência da blasfêmia contra o Espírito Santo
Jesus Cristo ensinou que é o Espírito Santo que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Ora, a partir do momento em que a pessoa blasfema contra o Espírito Santo, ela fecha a porta da ação de Deus para a sua vida, de modo a ser convencida de seu pecado. Ou seja, além da sua própria soberba impedir seu arrependimento, inexistirá, da parte de Deus, qualquer movimento para que isso ocorra. Em razão disso, “aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Mc 3.29), ou seja, a falta de condições de existir arrependimento, torna esse pecado irremovível, e, portanto, eterno. Portanto, quando alguém se arrepende de alguma ofensa contra o Espírito Santo, é sinal de que, ainda que o tenha ofendido, não blasfemou contra a Ele.
  A consequência da apostasia
Na blasfêmia contra o Espírito Santo a pessoa perde a capacidade de arrependimento em razão de uma ação divina. Na apostasia, embora a consequência seja semelhante, a razão da impossibilidade do arrependimento é a soberba da própria pessoa, que endurece seu coração e se firma no seu próprio entendimento em desacordo com o que Deus fala. A partir do momento em que o apóstata erra por achar que o errado é certo, e não porque na sua debilidade não consegue fazer o bem que desejaria fazer, a sua atitude mental torna impossível o seu arrependimento. Não é que Deus não possa perdoá-lo, mas é ele que não consegue voltar atrás e se arrepender. O apóstata é como um carro que perde a marcha ré. Em consequência de sua soberba, o apóstata passa a voluntariamente desobedecer à vontade de Deus, e, por conseguinte, ao participar da Santa Ceia, pisa no sangue de Jesus e torna-se réu do corpo e do sangue do Senhor. A carta aos Hebreus assim se refere ao apóstata: Hb 6.4-6: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.” Hb 10.26-31: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” Sim, o juízo de Deus é contra o soberbo, e quão horrível será esse juízo. O que blasfema contra o Espírito Santo e o apóstata, ainda que por vias diferentes, terão o mesmo fim. Crédito by http://www.restauramundo.com/mensagens Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS