A
negligência a) Uma batalha diária. A batalha contra as debilidades humanas é
diária, pois a fraqueza dos crentes em sua natureza humana em relação ao pecado
se deve à extrema violência e força da carne. Portanto, lutar contra a carne, e
não aceitarmos a derrota espiritual mesmo diante de nossas debilidades, exige
disposição para o combate diário contra a nossa carne e, também, disposição
para termos problemas com a carne dos demais crentes se quisermos assumir a
responsabilidade de zelar também pela igreja como coletividade. b) A consequência da batalha diária.
Por isso, a tendência é, mesmo que continuemos reconhecendo o pecado como
pecado, deixar de combatê-lo com a intensidade com que deve ser combatido. Quando
somos atingidos pela negligência, somos levados a pensar que não vale a pena se
incomodar com os demais. “Cada um por si e Deus por todos” passa a ser o ditado
preferido do crente, do obreiro e da Igreja negligente. c) O exemplo da Igreja de Tiatira Esse era o estado da
Igreja de Tiatira, que, embora não tivesse apostatado, mas mantivesse uma fé
irrepreensível, estava tolerando os que praticavam o mal, conforme se vê em Ap
2.19-20: “Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua
perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras.
Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se
declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a
praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos.” Quando a
igreja chega nesse estado, Jesus aponta duas soluções: a restauração da disciplina
rígida, tal qual foi nos dias de Ananias e Safira, e uma tomada de posição da
Igreja no sentido de se firmarem na doutrina (Ap 2.24,25). Devemos estar
vigilantes contra a negligência e a tolerância ao erro na igreja. Cada crente
deve assumir o compromisso estabelecido por Jesus de “ganhar seu irmão” ao
vê-lo errar, ou se ele não aceitar a exortação, em amor conduzi-lo à disciplina
e mesmo à exclusão (Mt 18.15-17). d) O exemplo da Igreja de Corinto:
negligência disfarçada de amor Porém, se não houver vigilância, a soberba
humana leva a igreja negligente e tolerante até a se gloriar da tolerância
travestida de amor. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a igreja em Corinto,
conforme 1 Co 5.2-7: “E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a
lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?
Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já
sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em
nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus,
nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o
espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]. Não é boa a vossa jactância. Não
sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho
fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois
também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. ” e) Atitudes a serem tomadas. Quando constatamos indícios
dessa tolerância ao pecador, temos que reagir para que essa atitude não se transforme
em tolerância ao pecado. A igreja, nessa fase, embora esteja em perigo, não
está perdida, pois o pecado ainda é considerado pecado, ainda a palavra pode
ser pregada em sua plenitude, e o pecador ainda pode ser tratado como pecador. Basta
uma atitude, e as coisas voltam para os trilhos da retidão. Porém, se a igreja
não toma atitudes, se estará caminhando, pouco a pouco para o caminho sem volta
da apostasia. Continue lendo esta matéria em nosso Portal http://www.restauramundo.com/mensagens Cláudio Grabowsky. Área de Parobé. rs
quinta-feira, maio 30, 2019
sexta-feira, maio 24, 2019
A APOSTASIA ATIVA E A APOSTASIA PASSIVA. 3ª Parte.
Debilidade,
negligência e apostasia
Jesus Cristo convoca os salvos a
serem perfeitos. Mt 5.48: “Portanto,
sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. ” Ora, na busca da perfeição encontramos três obstáculos: a
debilidade humana, a negligência e a apostasia. Em toda e qualquer igreja ou denominação encontraremos pelo menos
um desses três fatores. Debilidade
humana. A debilidade ou fraqueza
humana será encontrada em todas as igrejas, pois é inerente à natureza humana. a) A existência de debilidades humanas não impede
do crente ou da Igreja serem “perfeitos”
Por melhor que seja uma igreja, sempre encontraremos no seu seio pessoas
cometendo coisas erradas que não deveriam fazer ou deixando de fazer o bem que
deveriam cumprir. Contudo, há igrejas em que, mesmo havendo a falha, tanto as
pessoas que fazem o mal quanto aquelas que estão no seu entorno não concordam
com o mal. Tal igreja e seus membros
demonstram a fraqueza humana que lhes é inerente, mas ao mesmo tempo manifestam
uma profunda repulsa às manifestações carnais da mesma natureza. O apóstolo Paulo fala sobre esse
terrível dilema do crente fiel. Rm 7.15-16: “Porque nem mesmo compreendo o meu
próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se
faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. ” Ou seja, nesse caso, o
crente faz o que na sua mente detesta, e deixa de fazer o que na sua mente
prefere. E entre a carne e a palavra de Deus, ele está de acordo com a palavra
de Deus. Sobre o tema, continua o
apóstolo Paulo falando, em Rm 7.17-18: “Neste caso, quem faz isto já não sou
eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o
efetuá-lo.” Assim, numa igreja em
que, embora praticado por força da fraqueza humana, o pecado é detestado, duas
atitudes são encontradas. A primeira atitude, individual, é encontrada no
crente que sofre com a fraqueza: ele luta contra ela, conforme 1Co 9.25-27:
“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível;
nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto,
não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à
escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.
” A segunda atitude, coletiva, é a
disciplina ao faltoso, que inclui tanto a exortação quanto outras ações mais
drásticas que impeçam o faltoso de participar indignamente da Santa Ceia e de
que os demais crentes venham a tropeçar, cometendo o mesmo erro (Hb 3.13; 1 Co
5.3-7, etc). Quando uma igreja e
seus membros agem assim, ainda que tenha suas debilidades, ela é perfeita
perante Deus, porque, conforme Hb 10.14, Cristo, por seu sangue, “com uma única
oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. ” Aleluia. Ou seja, ainda que não tenhamos
alcançado a perfeição, se estivermos num processo progressivo de santificação
(“sendo santificados”), seremos uma igreja perfeita. Em outras palavras,
seremos perfeitos se hoje estivermos mais separados do mundo e da carne do que
estávamos ontem, e se amanhã estivermos mais santos do que estamos hoje. O apóstolo Paulo destaca esse fenômeno
em Fp 3.12-15: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição;
mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por
Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa
faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que
diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de
Deus em Cristo Jesus. Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este
sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.
” Créditos acesse o portal www.restauramundo.com Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS
sábado, maio 11, 2019
A APOSTASIA ATIVA E A APOSTASIA PASSIVA. 2ª Parte
Jesus Cristo ensinou que é o
Espírito Santo que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.8). Ora, a partir do momento em que a pessoa blasfema contra o Espírito
Santo, ela fecha a porta da ação de Deus para a sua vida, de modo a ser convencida
de seu pecado. Ou seja, além da sua própria soberba impedir seu arrependimento,
inexistirá, da parte de Deus, qualquer movimento para que isso ocorra. Em razão
disso, “aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para
sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Mc 3.29), ou seja, a falta de
condições de existir arrependimento, torna esse pecado irremovível, e,
portanto, eterno. Portanto, quando alguém se arrepende de alguma ofensa contra
o Espírito Santo, é sinal de que, ainda que o tenha ofendido, não blasfemou
contra a Ele.
A consequência da apostasia
Na blasfêmia contra o Espírito
Santo a pessoa perde a capacidade de arrependimento em razão de uma ação
divina. Na apostasia, embora a consequência seja semelhante, a razão da
impossibilidade do arrependimento é a soberba da própria pessoa, que endurece
seu coração e se firma no seu próprio entendimento em desacordo com o que Deus
fala. A partir do momento em que o apóstata erra por achar que o errado é
certo, e não porque na sua debilidade não consegue fazer o bem que desejaria
fazer, a sua atitude mental torna impossível o seu arrependimento. Não é que
Deus não possa perdoá-lo, mas é ele que não consegue voltar atrás e se
arrepender. O apóstata é como um carro que perde a marcha ré. Em consequência
de sua soberba, o apóstata passa a voluntariamente desobedecer à vontade de
Deus, e, por conseguinte, ao participar da Santa Ceia, pisa no sangue de Jesus
e torna-se réu do corpo e do sangue do Senhor. A carta aos Hebreus assim se
refere ao apóstata: Hb 6.4-6: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez
foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do
Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo
vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento,
visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e
expondo-o à ignomínia.” Hb 10.26-31: “Porque, se vivermos deliberadamente em
pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta
sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e
fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo
depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De
quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou
aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi
santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que
disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará
o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” Sim, o juízo de Deus
é contra o soberbo, e quão horrível será esse juízo. O que blasfema contra o
Espírito Santo e o apóstata, ainda que por vias diferentes, terão o mesmo fim. Crédito by http://www.restauramundo.com/mensagens Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS
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