Jesus Cristo ensinou que é o
Espírito Santo que convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo
16.8). Ora, a partir do momento em que a pessoa blasfema contra o Espírito
Santo, ela fecha a porta da ação de Deus para a sua vida, de modo a ser convencida
de seu pecado. Ou seja, além da sua própria soberba impedir seu arrependimento,
inexistirá, da parte de Deus, qualquer movimento para que isso ocorra. Em razão
disso, “aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para
sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Mc 3.29), ou seja, a falta de
condições de existir arrependimento, torna esse pecado irremovível, e,
portanto, eterno. Portanto, quando alguém se arrepende de alguma ofensa contra
o Espírito Santo, é sinal de que, ainda que o tenha ofendido, não blasfemou
contra a Ele.
A consequência da apostasia
Na blasfêmia contra o Espírito
Santo a pessoa perde a capacidade de arrependimento em razão de uma ação
divina. Na apostasia, embora a consequência seja semelhante, a razão da
impossibilidade do arrependimento é a soberba da própria pessoa, que endurece
seu coração e se firma no seu próprio entendimento em desacordo com o que Deus
fala. A partir do momento em que o apóstata erra por achar que o errado é
certo, e não porque na sua debilidade não consegue fazer o bem que desejaria
fazer, a sua atitude mental torna impossível o seu arrependimento. Não é que
Deus não possa perdoá-lo, mas é ele que não consegue voltar atrás e se
arrepender. O apóstata é como um carro que perde a marcha ré. Em consequência
de sua soberba, o apóstata passa a voluntariamente desobedecer à vontade de
Deus, e, por conseguinte, ao participar da Santa Ceia, pisa no sangue de Jesus
e torna-se réu do corpo e do sangue do Senhor. A carta aos Hebreus assim se
refere ao apóstata: Hb 6.4-6: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez
foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do
Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo
vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento,
visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e
expondo-o à ignomínia.” Hb 10.26-31: “Porque, se vivermos deliberadamente em
pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta
sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e
fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo
depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De
quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou
aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi
santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que
disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará
o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” Sim, o juízo de Deus
é contra o soberbo, e quão horrível será esse juízo. O que blasfema contra o
Espírito Santo e o apóstata, ainda que por vias diferentes, terão o mesmo fim. Crédito by http://www.restauramundo.com/mensagens Pr. Cláudio Grabowsky. Parobé. RS
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