terça-feira, outubro 06, 2020

O DIABO E A CONCIENCIA, NOSSOS DOIS ACUSADORES. Parte III

O Evangelho de Lucas no Capitulo 22. 54-61 vai narrar a historia de um dos fracassos do apóstolo Pedro, quando ele vai se recobrar das palavras que Jesus Cristo disse para ele, que o mesmo o haveria de trai-lo. Pedro naquele momento vai responder a Jesus com uma veemência tal, que os que estavam ao derredor, possivelmente acreditariam naquilo que aquele discípulo estava afirmando, eis aqui um perigo de nós afirmarmos algo, que muitas das vezes nós mesmos não vamos conseguir manter. Uma porque não sabemos lá na frente o que irá acontecer. Jesus esta sendo levado para um interrogatório, possivelmente no alpendre que dava acesso a casa do sumo sacerdote, a Bíblia vai dizer que Pedro o seguia de longe. Outro perigo gravíssimo é estarmos nesta situação, seguindo Jesus Cristo de longe. Esta palavra, esta conjugação de modo, "de longe" poderá ter varias interpretações, e o amado leitor poderá se localizar com a qual melhor se adequa a sua vida espiritual no momento. Pedro vai negar Jesus diante dos criados e serviçais que estavam no patio se esquentando, e por varias vezes ele vai dizer que a Jesus não o conhecia, inclusive alguém vai dizer que até mesmo a fala dele, lhe condenava, mas mesmo assim em veemência negação ele não o reconhecia. Neste exato momento Jesus vai fixar os seus olhos nele ( E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. Lucas 22.61) A consciência de Pedro , foi a que falou imediatamente lhe acusando. Deus colocou, podemos dizer assim, o diabo na parte externa para nos acusar, e a consciência na parte interna para nos lembrar daquilo que falamos ou fizemos. Vimos a mesma situação na vida de Judas, o Iscariotes, quando ao reclamar para os fariseus que aquele ali era de Fato o Salvador, eles sem qualquer remorso ou sentimento, disseram : "Isto é contigo agora" Mateus 27.( Então, Judas, o que o trairá, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciões, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente...) Nossa conciência nos afasta de Deus, ou ela nos aproxima, no caso de Pedro ela pode fazer com que ele se aproximasse, chorando amargamente, já quanto a Judas a sua conciência o afastou, levando a tomar atitudes que comprometeram a sua eternidade. Uma conciência culpada não precisa de nenhum acusador, ela mesma se encarrega de fazer este papel, e diga-se de passagem bem feito. Pr. Cláudio Grabowski - Alvorada. RS

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