terça-feira, outubro 22, 2019

JESUS, O CENTRO ENTRE OS EXTREMOS... 2ª Parte


Muitas igrejas locais ou associações inteiras de igrejas foram criadas com muito amor e dedicação, com muito espírito de sacrifício e oração. O Senhor era considerado o centro. Sua Palavra servia de candelabro e o Espírito Santo operava em suas fileiras. Com o passar do tempo, porém, as pessoas tornaram-se mais superficiais, a pregação tornou-se menos profunda, a Palavra de Deus recebia menos espaço e a doutrina foi preenchida com coisas diferentes. Coisas secundárias que deveriam apenas complementar os cultos tornaram-se o assunto principal, e o assunto principal passou a ser apenas algo secundário. Com a supressão da Palavra de Deus, o próprio Deus foi suprimido. O mundo e o pecado foram crescentemente tolerados e muitas vezes silenciosamente suportados ou até defendidos. Diante disso, o apóstolo Pedro nos exorta: “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância” (1Pe 1.14). Esse foi um dos lados do cavalo. Podemos reconhecer o outro lado quando tratamos dos judeus que retornaram do exílio babilônico. Comandados por Esdras, Neemias, Zorobabel, Ageu etc., eles construíram o segundo templo. Este não poderia ser comparado ao primeiro, mas os judeus afinal tinham um novo templo. Posteriormente ele foi completamente reconstruído por Herodes, o Grande. Flávio Josefo relata que, olhando de longe, o mármore branco reluzente do templo parecia ser como a neve sobre uma montanha. E o templo em si, o ponto central sagrado da edificação, estava revestido com placas de ouro, que, sob o brilho do sol, brilhavam de tal maneira que era necessário proteger os olhos. Após o retorno à terra prometida, parecia que os judeus estavam definitivamente curados de sua idolatria; no entanto, agora surgia algo diferente no seu lugar, e que não era melhor: a tradição. À época do primeiro templo eles foram atingidos pelo mundanismo, mas agora foram as tradições que não os abandonavam. Os fariseus e escribas estavam tão amarrados às suas tradições que não se dispuseram a abrir mão delas. Elas eram mais fortes do que a Palavra de Deus, o que finalmente levou os judeus a rejeitarem o Filho de Deus. Eles se blindaram totalmente às mudanças que o Senhor Jesus pretendia trazer juntamente com o Novo Testamento (cf. Mt 15.1-3,6; Mc 7.8-9).O resultado final foi semelhante ao do primeiro templo: o templo deles novamente se transformou em um “covil de ladrões”. “E [Jesus] lhes disse: ‘Está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração”; mas vocês estão fazendo dela um “covil de ladrões” (Mt 21.13). O Senhor Jesus abandonou o templo caminhando para o monte das Oliveiras, na mesma direção em que a glória do Senhor havia saído ao abandonar o primeiro templo. O resultado foi novamente que o templo pegou fogo e foi completamente destruído, inclusive no mesmo dia que anteriormente o primeiro templo. Tanto o mundanismo como a manutenção das tradições que colocamos acima da Bíblia contêm em si o mesmo perigo. Ambos podem sufocar a Palavra de Deus e restringir o espaço que é devido a ela. Pr. Cláudio Grabowski. Área de Parobé. RS  Créditos by https://www.chamada.com.br/mensagens/

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