quinta-feira, outubro 31, 2019

JESUS, O CENTRO ENTRE OS EXTREMOS... 3ª Parte


 Houve igrejas inteiras que sucumbiram diante de superficialidade e do mundanismo, mas igualmente por se prenderem ferrenhamente a tradições, as quais, consciente ou inconscientemente, eram mais valorizadas do que a Palavra. Não havia disposição para mudanças ou redirecionamento porque, afinal, “sempre fizemos assim”. Surge então o espanto quando as igrejas não crescem mais, quando jovens não são mais atraídos e aqueles que se imagina que estão firmes acabam desaparecendo. Não existe disposição de promover renovação e mudanças urgentes que seriam espiritualmente adequadas; afinal, temos orgulho em “pertencer ao grupo dos fiéis”. Essa era também a ideia dos fariseus, mas eles não imaginavam o quanto estavam errados. Alguém afirmou certa vez que costumes, hábitos e usos podem ser mais poderosos do que a verdade. E a ideia que um Duque de Bedford tinha sobre tradições arraigadas era: “Tradicionalismo é um velho distribuidor de sal do qual não sai sal algum”. Precisamos tomar cuidado para que o nosso sal não se torne insípido nem perca a força, e que sempre o tenhamos conosco (Mt 5.13; Cl 4.6). O centro de tudo deve e precisa ser unicamente Jesus. Devemos colocá-lo sempre em evidência e estar espiritualmente orientados para ele. Não se trata de viver hoje como se vivia há cem anos e de celebrar os cultos exatamente da mesma maneira como naquele tempo. Quando surgiu o rádio, muitos o consideraram como algo diabólico. Outros tiraram proveito dessa nova possibilidade tecnológica e por meio dela proclamaram o evangelho. Em alguns círculos cristãos, atualmente a internet é considerada como o maior dos males. No entanto, também existe a possibilidade de Deus nos questionar de por que determinadas possibilidades não foram utilizadas para a causa de Deus, mas enterradas. Nosso lema deveria ser: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Não devemos trazer o mundo para os salões das nossas igrejas, mas também não devemos nos agarrar teimosamente a velhos costumes. Devemos, sim, procurar pela vontade de Deus por meio da renovação de nossa mente e estar abertos ao agir dele. Para isso é necessário ter muita sabedoria, oração, comunicação e tato sensível. Que o Senhor nos conceda isso, pois trata-se da sua causa e não da nossa O próximo exemplo pode ilustrar a respeito: nos EUA havia um fundador de igrejas que tinha uma paixão muito grande por jovens em situações vulneráveis. Ele os procurava, se importava por eles, os convidava, os trazia para ouvir a Palavra de Deus, e muitos se converteram. Isso era um incômodo para alguns membros nas igrejas, porque de início esses jovens não se portavam necessariamente como cristãos. Certa vez um hippie chegou à reunião da igreja com seus cabelos longos e pés descalços, e, com estes, sujou um tapete. Os membros da igreja se alteraram e pediram que o jovem fosse retirado da igreja, mas o pastor respondeu: “Não, levaremos o tapete para fora”. Esta foi a decisão correta e mostrou ter sido uma grande bênção, pois um desses menosprezados hippies hoje é missionário e fundador de igrejas na Alemanha...( Creditos by Chamada.com) Pr. Claudio Grabowsky. Área de Parobé

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